11 de mai. de 2010

Grandmothers secrets - a trajetória

Então, lembram quando eu comentei do livro num post anterior? Resgatei a leitura que andava de canto e pus em dia. Estou na metade do livro, que vem surpreendendo cada vez mais. Claro que tem algumns conteúdos de praxe sobre a dança, mas o enfoque que é dado sobre os mesmos, faz aumentar relativamente a credibilidade sobre as informações, até por que a maioria das coisas descritas foram vivenciais e embasadas em algum estudo mais profundo. 
Entramos na parte de música e trabalho corporal. A autora enfatiza os momentos de concentração e reflexão, as práticas solitárias que nos exigem interiorização, auto conhecimento, encontros com si mesma. Os movimentos básicos são descritos de forma a unificar a idéia do movimento corporal com a sensibilidade e a imaginação. Conectam a finalidade energética do movimento do movimento com sua técnica. Ela também explica que dentro de nós há o céu e a terra, nosso corpo representa em si próprio essa definição, sendo seu centro a conexão entre eles. Somos muito mais do que a imagem que enxergamos no espelho. A vida e a dádiva de ser mulher são acima de tudo reverenciados por todo milagre que representamos. Há um conceito muito interessante que atribui à energia masculina o sentido da visão, sendo também um dos mais poderosos e dominantes. Pois confiamos muito naquilo que vemos e não conseguimos ser imparciais, sem abrangir todo um contexto que se constitui de ferramentas sensoriais que dispomos e não damos a devida atenção. Somos muitas vezes impulsivas e superficiais, materiais e objetivas: essa é a energia masculina que nos envolve. Com esta definição, ela atribui nossa energia feminina ao sentido da audição, que é o primeiro a se desenvolver e o último a nos abandonar. Não escutamos mais nossa voz interior sem um preparo maior, sem aquele querer muito, nos dias de hoje. E a primeira forma de começar a ouvir nosso ritmo interno é fechando os olhos! Entramos no poder da música, que é capaz de melhorar nosso humor, estimular nossas atitudes, trazer momentos de profunda paz. Explica de forma muito eficiente a estrutura da música árabe, seus maqams e alguns exemplos de sentimentos em que são baseados numa composição. Tudo que eu queria saber. Pra quem ainda não teve a oportunidade de fazer uma aula com músicos como Sami Bordokan, explico que a teoria da música oriental é totalmente fundamentada na espiritualidade.  Experimentem o exercício proposto num post anterior e coloque seu relato. É muito importante para mim. Eu estou realizando uma pesquisa sobre os maqams, que colocarei no post a seguir. Acho que ninguém fez ainda, ou registrou de forma mais científica sobre o assunto, e gostaria de tirar algumas conclusões e apresentar em seguida para você. Como já foi dito, é preciso tempo. Esqueça um pouco a correria e mergulhe profundamente na experiência!  Conto com você!

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